O Ibovespa é o principal índice da B3, a Bolsa de Valores brasileira. Foto: Divulgação/B3
O Ibovespa hoje fechou em alta, com o mercado repercutindo o pacote do governo para calibrar o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) e tributar investimentos, publicado em edição extra do Diário Oficial da União (DOU). Nesta quinta-feira (12), o principal índice da B3 encerrou em valorização de 0,49% aos 137.799,74 pontos, depois de oscilar entre máxima a 137.931,05 pontos e mínima a 136.175,44 pontos.
A proposta do governo é aplicar uma alíquota de 5% de Imposto de Renda (IR) para títulos hoje isentos, como Letras de Crédito Imobiliário (LCI), Letras de Crédito do Agronegócio (LCA), Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRA) e Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRI). Em relação aos demais títulos, sobre os quais já incide IR, a alíquota será de 17,5%. Não há mudança para a caderneta de poupança.
Do outro lado, algumas mudanças no IOF foram revistas. No caso do Vida Gerador de Benefício Livre (VGBL), até 31 de dezembro de 2025, o IOF nos aportes a a incidir somente sobre o valor que exceder R$ 300 mil, considerados a partir da data de entrada em vigor do decreto e em uma mesma seguradora. A partir de 1º de janeiro de 2026, o IOF nos aportes em VGBL a a incidir sobre o valor que exceder R$ 600 mil, independente de terem sido depositados em uma ou várias instituições.
Na B3, as ações da Petrobras (PETR3;PETR4) encerraram em alta, contribuindo para o desempenho positivo do Ibovespa. Os papéis ordinários avançaram 2,76%, enquanto os preferenciais tiveram valorização de 2,25%.
Em Nova York, S&P 500, Dow Jones e Nasdaq subiram 0,38%, 0,24% e 0,24%, respectivamente. Após a divulgação do índice de preços ao consumidor (I, na sigla em inglês), na quarta-feira (11), o índice de preços ao produtor (PPI) também veio abaixo do esperado, reforçando as expectativas por mais cortes de juros pelo Federal Reserve (Fed). O indicador subiu 0,1% em maio ante abril, segundo pesquisa divulgada pelo Departamento do Trabalho do país. Analistas consultados pela FactSet projetavam alta mensal de 0,2%.
O dólar hoje fechou em valorização de 0,09% a R$ 5,5426. O índice DXY, que mede o dólar em comparação com seis pares fortes, caiu 0,81% a 97,836 pontos. “No cenário doméstico, o real não conseguiu acompanhar o enfraquecimento do dólar no exterior, refletindo preocupações locais. A pauta fiscal voltou ao centro das atenções”, avalia Bruno Shahini, especialista em investimentos da Nomad.
As ações da Embraer (EMBR3) registraram a maior alta do Ibovespa hoje, subindo 4,29% a R$ 68,86. O Itaú BBA reiterou a recomendação de outperform (equivalente à compra) para os American Depositary Receipts (ADRs) da companhia, com preço-alvo de US$ 62. O banco avalia que após correções realizadas recentemente, a ação agora oferece um risco retorno bem equilibrado.
A EMBR3 está em alta de 5,15% no mês. No ano, acumula uma valorização de 22,68%.
Marcopolo (POMO4): 2,84%, R$ 7,61
Outro destaque positivo foi a Marcopolo (POMO4), que avançou 2,84% a R$ 7,61. Em relatório, o BTG Pactual destacou que os resultados do segundo trimestre devem impulsionar a empresa, além da companhia se beneficiar do programa Caminho da Escola, do governo federal.
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A POMO4 está em alta de 4,97% no mês. No ano, acumula uma valorização de 7,49%.
Petrobras (PETR3): 2,76%, R$ 34,25
Entre as principais altas do dia, as ações da Petrobras (PETR3) fecharam com ganhos de 2,76% a R$ 34,25, mesmo com o petróleo encerrando em queda.
A PETR3 está em alta de 6,7% no mês. No ano, acumula uma desvalorização de -8,89%.